sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Amigos não esperam


Por tanto tempo eu lutei para manter algo, que começo a achar, só existia na minha imaginação, era apenas um reflexo dos meus desejos; agora me vejo obrigada a encarar o fato de que não vale mais o esforço. Em qualquer relacionamento, seja de amizade, seja entre amantes, a luta deve ser dos dois lados, não existe um relacionamento unilateral.

O que mais me surpreende, de uma jeito quase engraçado, é que algumas pessoas brigam para serem respeitadas, exigem consideração, enchem o peito para dizer que esperam ser valorizadas. Não aceitam que seja de outra forma. Mas aí eu pergunto, onde está o retorno? Será que esta pessoa realmente trata seu amigo, seu amante, dessa mesma forma? Será que demonstra se importar, com um gesto singelo, ao perguntar pelo outro e se mostrar de fato interessado na resposta? Ou será que fica eternamente esperando pelo outro, esperando pelo gesto singelo do outro, por uma ligação, esperando ouvir primeiro o “eu te amo” ao invés de mandar tudo para o inferno e simplesmente dizer?

Bom, não sei quanto aos outros, mas eu não tenho mais paciência. Não estou mais a fim de ficar esperando pelo momento de ninguém. Eu quero o meu momento, dizer para quem eu quiser “eu te amo”, abraçar um amigo para mostrar o quanto ele é importante pra mim, ouvir milhares de vezes os mesmos dilemas, porque, hey, eles ouviram milhares de vezes os meus. Retribuir e não, esperar.

Hoje quero na minha vida essas pessoas que não esperam, que correm atrás, que buscam o que lhes é de valor. Porque as pessoas também têm o valor que você lhes dá, através de ações, de perguntas simples como “como vai você” e de gestos despreocupados, como um sorriso verdadeiro. Porque algumas pessoas são para serem mantidas – elas te mantêm; e outras estão destinadas a ficarem para trás - estas esperam sua ligação, mas nunca ligam de volta.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Essa qualquer coisa que falta




Você já se sentiu desconectado? Já se sentiu como se de repente fosse menos humano? Porque o que nos torna humanos, mais do que nossa inteligência, são as nossas emoções. Então quando parece que estamos insensíveis a elas, quando estamos quase intocáveis, isso nos torna menos humanos? Essa insensibilidade faz o que de nós? O que fazer quando algo que deveria vir facilmente, parece ficar engasgado e uma "simples" frase como eu te amo, carece de significado, de paixão? O que fazer quando nada mais parece fazer sentido, e todos os dias são apenas isso: uma sucessão de dias? E o mundo parece tão sem cor, assim tão sem graça, quase insosso...
Acordar e esperar pelo que? There's nothing else...
Quando se sente tão "ausente" do mundo, você acaba se tornando um vampiro de emoções,vivendo das migalhas afetivas deixadas pelos outros no seu caminho, se preocupando com os problemas deles para não ter que olhar os seus, tentando desesperadamente sentir, sentir qualquer coisa, além dessa falta, de que, não se sabe...
Apesar, ou por causa de tudo isso, continuar levantando a cada manhã, para se manter nessa procura que parece não terminar nunca, nessa inquietude de quem espera que haja mais. Mais cor, mais sabor, mais paixão, mais dessa qualquer coisa que está faltando.

domingo, 4 de abril de 2010

Quando você for...


...não sei o que vou fazer. Claro, vou seguir com minha vida como fiz até agora. Vou me levantar a cada manhã, e esta será extamente igual à anterior. Vou sorrir, posso até gargalhar, mas depois me perguntarei o objetivo.
E quando precisar chorar? E quando tiver minhas crises e minhas dúvidas, aquelas que só posso dizer a você?? E aquelas histórias horrorosas que só acontecem com a gente... vamos ter que rir delas à distância, pela web talvez.

Não morrerei de saudades. Chegamos à conclusão de que não deixamos de viver só porque alguém querido nos deixa, lembra? Pois então. Simplesmente algumas coisas perdem a graça. Só porque você vai estar a milhares de quilômetros de distância... que bobagem!

Right??

Não sei... me deu um medo do futuro... mas não seria você quem deveria estar com medo?

Vamos fazer um pacto então: nada de ficar assustada!! Since ever and forever. Esse vai ser nosso lema! {sorrisos}

Quando você for... vai para seu próprio bem. Vai ser feliz,prima!E eu vou ficar feliz por você também.



sábado, 27 de fevereiro de 2010

Uma breve despedida

Era uma noite quente e calma, parecendo ser feita para suprir o frio que tomaria meu corpo em instantes. Os créditos de um filme passavam na TV, mas em minha mente eram outras imagens que passeavam. Abraços, beijos, promessas... Imagens de um história que parecia chegar ao fim.

Ele se aproximou, como se pressentisse o turbilhão de lágrimas que iriam correr pela minha face, e me abraçou. Disse que eu teria que suportar um tempo sem ele, mas eu temia perdê-lo para sempre. Seguiram-se segundos tortuosos de silêncio e, enfim, uma constatação. Não chegaríamos a completar os três anos tão esperados. E nós, que achávamos que seria para a vida toda.

E agora, lágrimas conjuntas denunciavam o sofrimento de ambos. Eu não chorava, sangrava. A dor era incontrolável. O ar fugia, teimosamente, dos pulmões. Ele soluçou baixinho. E, numa tentativa vã de mantê-lo perto, eu o segurava e trazia para mim. Mas eu sabia que, um dia, o tempo o levaria, e restariam apenas lembranças.

Ele olhava em meus olhos de forma vazia, e eu vi que havia outros sentimentos ali. Não era apenas tristeza ou saudade. Era raiva, arrependimento, impotência. Depois de um tempo ele falou. Disse que, se soubesse como terminaria, não teria começado. Nesse momento, eu percebi o abismo que nos separava. E eu entendi que nada que eu dissesse faria diferença alguma. Então eu me calei. Esperei. Sequei minhas lágrimas. Ergui a cabeça e disse que era tarde.

Eu tentei abraçá-lo pela última vez e fazê-lo acreditar no meu amor por ele. Mas ele se afastava a cada segundo, a cada passo. Eu não tinha o direito de contê-lo. Nem de tê-lo mais. Então eu o deixei ir. Eu disse até logo. Ele disse adeus. E nem o calor da noite era suficiente para aquecer o vazio que ele havia deixado.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010



Quantas vezes nos questionamos sobre os sentimentos dos outros, sobre o porquê de suas ações? E julgamos esses atos apenas baseados no que acreditamos ser a verdade, porém muitas vezes é somente nossa impressão, o nosso desejo, talvez, de que as coisas tenham acontecido desse ou daquele jeito. A verdade é que precisamos de uma explicação, porque de outra forma tudo fica vazio, pequenos buracos que ficarão sem preenchimento, pequenas lacunas que geram sempre mais perguntas.


Já que é assim, não seria mais fácil simplesmente perguntar? Não, não é. Pode ser o mais correto ou até mesmo o mais corajoso a se fazer, mas não é nada fácil. Porque, quando você pergunta sobre os sentimentos do outro, uma parte sua fica exposta, seus próprios sentimentos vem à tona. De repente você não é mais intocável, porque as respostas para suas perguntas podem mudar uma parte da sua vida. Podem mudar quem você é e o jeito como você olha as pessoas.


Conversar sobre como o outro se sente implica em discorrer sobre seus próprios sentimentos, se mostrar um pouco e arriscar-se a ouvir o que não se quer. Entretando, isso pode ser o que a gente precise para tapar aquelas lacunas e se sentir livre para abraçar o inevitável, aceitar que não se pode mudar o que já passou e que não é necessário explicar o amor e a amizade para que outros as entendam. Basta que você entenda. E, finalmente, fazer as pazes consigo mesma.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

A verdade sobre o amor


Há quem diga que o amor foi inventado. Se isso for verdade, meus parabéns a quem, brilhantemente, o concebeu. Alguns dizem que amar requer tempo e disponibilidade. Outros, inundados em ceticismo, dizem que o amor não existe. Triste engano, ele é tão real quanto eu e você.

Definir o amor é algo um tanto complicado. Sempre é difícil descrever aquilo que frequentemente muda com o tempo, com a distância e com as ideologias. Para mim o amor é encontro. De olhares, de sorrisos, de sonhos, de desejos. É quando você encontra aquela pessoa que te tira de sério, e que logo em seguida te faz sorrir. Aquela pessoa que você diz que é perfeita, porque os defeitos dela já não importam tanto assim. E que você chama de linda, porque é ela quem te faz suspirar.

E é tão fácil falar "eu te amo" hoje em dia... Mas essa frase, assim solta, assim crua, não significa nada. Nem demonstra compromisso algum. Amar alguém não é apenas fazer declarações de amor ou dizer coisas bonitas. É, acima de tudo, estar junto, apoiar, ouvir, cuidar. E, por isso, está cada vez mais raro encontrar alguém especial. A maioria das pessoas só quer ganhar e nunca servir. Entretanto, o relacionamento é uma troca mútua.

Eu não estou querendo convencê-lo(a) que amar seja fácil, nem que tudo será sempre um mar de rosas. Não, isso só existe em contos de fada. Haverá aqueles dias em que um tenta falar mais alto que o outro. Dias em que o silêncio perdurará por semanas. Nenhum relacionamento está isento disso. Uma vez você amará alguém e não será correspondido. Ou, quem sabe, irá chorar porque tudo acabou. E ele(a) se foi. Mas, no final, nós sempre nos adaptamos.

Sim, o amor existe. Ele nos faz cometer loucuras, dizer coisas que jamais pensaríamos em falar e, algumas vezes, abrir mão de nossos valores. Ele nos faz sonhar acordado, sorrir à toa e, talvez, querer mudar o mundo. Para algumas pessoas ele dá certo, para outras não. Como tudo na vida...