sábado, 22 de outubro de 2011


Então, hoje eu decidi discorrer sobre desilusões. Parece que é um tema de última moda, e você o encontra estampado nos olhos de muita gente. E eu poderia dar milhares, quem sabe milhões, de exemplos de pessoas que sofrem desse terrível mal. Porém, eu prefiro ser sucinta e ir direto ao ponto. Quer um exemplo? Se olhe no espelho.

É, querido leitor... Eu até imagino sua reação diante tamanha audácia. Primeiramente você vai ficar indignado: “Como assim? Quem ela acha que é pra falar dessa forma?”. Mas depois de tantas indagações, você vai encontrar, nos recantos da sua memória, aquela lembrança que tenta desesperadamente esquecer. E aí sim! Você vai ser obrigado a concordar comigo.

Desilusão é uma coisa que não avisa quando vai chegar! Sabe aquela pessoa chata que sempre aparece nas horas erradas? Pois é! Desilusão é assim! Ela surge justamente quando você acha que controla a situação, quando você está feliz e pleno. E você questiona: por que ela é assim? Bom, simplesmente porque, venhamos e convenhamos, se você soubesse que a desilusão estava prestes a fazer uma “visitinha”, você não ia ficar parado esperando... Ou ia?

Na verdade, a desilusão é bem versátil. Ela pode ser amorosa, familiar, pessoal, profissional, política, social... Tem pra todos os gostos (ou desgostos). Diariamente, as pessoas se decepcionam com algum amigo, com o chefe, com “aquele canalha do Marcão” ou “aquela piriguete da Silvinha”. Aliás, de canalhas e piriguetes o mundo tá assim ó!

Outro fato sobre a desilusão: ela dói! Uma dor forte, dilacerante, que sufoca e te rebaixa. Digo rebaixa porque você se sente o mais inútil dos seres, um verdadeiro nada que não serve pra nada a não ser nada! E, como se não bastasse, essa agonia vem em etapas. A desilusão amorosa é uma verdadeira maratona.

Primeiro você nem sente nada. Porque “quem liga pra aquele canalha do Marcão, ou pra aquela piriguete da Silvinha?”. Quem? Sabe o exemplo que eu citei lá em cima? Pois é!

Depois vem o estágio de negação: “Ele (a) não faria isso! Imagina!! Ontem mesmo falou que me amava e tudo!”. Aliás, se o caro leitor me permitir, gostaria de dar um conselho: Não pague pra ver, nem coloque sua mão no fogo por ninguém, porque eu já vi muita gente acabar sem grana e com a mão queimada! Só a mão não, o corpo todo!!

O terceiro passo te leva ao fundo do poço, ao abismo de lágrimas e introspecção. O tempo de permanência é diretamente proporcional ao nível de negação de cada um. Conheço gente que se acomodou ali e nunca mais saiu. E só depois de passar por todos esses estágios, vem a quarta fase, a de superação! Porque nada é pra sempre, não é mesmo?

Quando você chega nessa etapa, a única coisa que se pensa é: “E não é que eu consegui?”. E você passa a rir pra vida, para as pessoas, começa a andar de cabeça erguida porque você se tornou um forte. O Marcão e a Silvinha? Só lembranças de um passado distante! Por último, eu gostaria de deixá-lo com um exemplo de garra, força, perseverança e otimismo. Vai ali. Se olha no espelho!

domingo, 3 de abril de 2011


Essa é a coisa sobre se entregar. Em um momento tudo parece certo, e no seguinte, o mundo cai em pedaços. O seu mundo, aquele que você levou dias e dias construindo. Os sonhos que você esperava um dia realizar. Tudo, absolutamente tudo, desaparece entre as suas mãos e fim.


Em teoria, é simples. Você se apaixona por alguém, você se entrega completamente, dá o melhor de si. O estágio de sincronia, felicidade e fantasia pode durar alguns meses ou quatro anos, com sorte. Depois, todos nós sabemos o que vem. Rotina, comodismo, brigas e mentiras. Sim, as mentiras são a pior parte, pelo menos pra mim. Uma pessoa que precisa mentir pra você, não precisa de você.


A pior parte da mentira, é que você é sempre o último a descobrir. E quando a verdade vem você está tão envolvido, tão seduzido. E pensamos: Sério? Será que aquela pessoa – a qual eu fui fiel, leal, a que eu amei por tanto tempo – fez isso? Isso não se parece com ela. Mas, a dura realidade é que as pessoas tem uma capacidade enorme de mudar. E elas fazem isso sem aviso prévio.


Você estava ali, e ele parecia ser “O” cara. Oito meses depois, ele faz coisas pra te magoar e não se importa com isso. Ele olha pra você, ergue a cabeça com a superioridade de quem diz: Eu venci, eu controlo a situação. No final das contas, ele está certo. A sobrevivência se trata disso, de quem tem maior controle. E quando um relacionamento chega a esse ponto, você deveria ir embora. Pra sempre!


Como eu disse, na teoria é fácil. Tão simples que chega a ser ridículo. Os seres humanos nascem, crescem, amam, se entregam, se machucam, morrem e falecem. Não, não é um erro de gramática, talvez um de semântica. A morte é aquilo que acontece quando já não há sinais vitais. O falecimento é só a morte cerebral. Viu? Simples! A morte pode durar algumas semanas, meses, anos. Depende do quão envolvido você está e de qual a sua capacidade pra mudar. Esquecer é improvável. As dores se vão, mas as lembranças? É aí que entra o falecimento! Dura pra sempre, não há segundas chances, não há arrependimento e nem memórias. Se você morreu pra alguém, não é o fim do mundo. É só o fim de um ciclo. Você vai amar de novo e se entregar, com a esperança de que as coisas sejam diferentes. Eu espero que sejam!