domingo, 3 de abril de 2011


Essa é a coisa sobre se entregar. Em um momento tudo parece certo, e no seguinte, o mundo cai em pedaços. O seu mundo, aquele que você levou dias e dias construindo. Os sonhos que você esperava um dia realizar. Tudo, absolutamente tudo, desaparece entre as suas mãos e fim.


Em teoria, é simples. Você se apaixona por alguém, você se entrega completamente, dá o melhor de si. O estágio de sincronia, felicidade e fantasia pode durar alguns meses ou quatro anos, com sorte. Depois, todos nós sabemos o que vem. Rotina, comodismo, brigas e mentiras. Sim, as mentiras são a pior parte, pelo menos pra mim. Uma pessoa que precisa mentir pra você, não precisa de você.


A pior parte da mentira, é que você é sempre o último a descobrir. E quando a verdade vem você está tão envolvido, tão seduzido. E pensamos: Sério? Será que aquela pessoa – a qual eu fui fiel, leal, a que eu amei por tanto tempo – fez isso? Isso não se parece com ela. Mas, a dura realidade é que as pessoas tem uma capacidade enorme de mudar. E elas fazem isso sem aviso prévio.


Você estava ali, e ele parecia ser “O” cara. Oito meses depois, ele faz coisas pra te magoar e não se importa com isso. Ele olha pra você, ergue a cabeça com a superioridade de quem diz: Eu venci, eu controlo a situação. No final das contas, ele está certo. A sobrevivência se trata disso, de quem tem maior controle. E quando um relacionamento chega a esse ponto, você deveria ir embora. Pra sempre!


Como eu disse, na teoria é fácil. Tão simples que chega a ser ridículo. Os seres humanos nascem, crescem, amam, se entregam, se machucam, morrem e falecem. Não, não é um erro de gramática, talvez um de semântica. A morte é aquilo que acontece quando já não há sinais vitais. O falecimento é só a morte cerebral. Viu? Simples! A morte pode durar algumas semanas, meses, anos. Depende do quão envolvido você está e de qual a sua capacidade pra mudar. Esquecer é improvável. As dores se vão, mas as lembranças? É aí que entra o falecimento! Dura pra sempre, não há segundas chances, não há arrependimento e nem memórias. Se você morreu pra alguém, não é o fim do mundo. É só o fim de um ciclo. Você vai amar de novo e se entregar, com a esperança de que as coisas sejam diferentes. Eu espero que sejam!